IPO vem do termo “initial public offering” – ou oferta pública inicial, em português. A sigla representa a estreia de uma empresa na bolsa de valores, ou seja, o momento em que ela se torna uma companhia de capital aberto.

Em outras palavras, o IPO é o processo em que os papéis de uma empresa são negociados no pregão, de forma pública, dando a possibilidade de qualquer pessoa investir e tornar-se acionista da companhia.

A seguir, vamos explicar a importância desse evento para empresas de qualquer porte e segmento. Vamos lá!

Por que empresas fazem IPOs?

Uma coisa é certa: se uma empresa faz o IPO, ela está em busca de capital para investir em seu negócio e, assim, alcançar seus objetivos de forma mais rápida que os concorrentes.

Mas, em meio a tantas negociações, as empresas passam por diversas mudanças, principalmente em sua gestão, pois precisam conviver com novos acionistas. Então, por que será que fazer o IPO vale tão a pena?

Confira as 3 principais razões.

1. Acesso a capital

Além do capital gerado pelo próprio negócio, as empresas levantam recursos por meio de suas ações. Isto é, negociam seus papéis no pregão e recebem investimento dos acionistas.

Os valores negociados são usados como investimento para que a empresa cresça de forma mais ágil, sem a necessidade de se preocupar com valores disponíveis para retorná-lo, como no caso dos empréstimos.

2. Liquidez

Alguns empreendedores enxergam o IPO como uma maneira de dar liquidez ao seu negócio. Em outras palavras, eles podem vender suas ações a outros investidores do mercado, no momento que acharem oportuno.

Essa é uma maneira de transformar os papéis negociados anteriormente em dinheiro. Existem também os fundos de investimento em que o investidor pode se tornar sócio de uma empresa em estágio inicial para posteriormente vender suas ações com lucro.

3. Imagem

Para receber investimentos, uma empresa deve elevar seu nível de transparência no que diz respeito a suas operações internas, objetivos e resultados alcançados.

Com esse tipo de detalhamento, os acionistas e futuros sócios conseguem decidir de forma coesa se faz sentido manter seus recursos aplicados naquela companhia.

Dessa forma, a empresa aumenta sua credibilidade no mercado, pois, tendo seu capital aberto, ela comprova que sua gestão é eficiente e que seus diretores são qualificados para rodar o negócio.

Além disso, ela ganha uma tremenda visibilidade e o reconhecimento no mercado, pois, durante as negociações, a mídia faz um acompanhamento detalhado de todos os processos com os novos acionistas.

Requisitos para fazer um IPO

Antes de iniciar o IPO, uma companhia deve estar juridicamente constituída como uma sociedade anônima, em que o capital social está dividido em ações.

Além disso, algumas outras exigências ainda devem ser cumpridas. Grande parte delas envolve a emissão de relatórios financeiros, aspectos fiscais, estrutura de sócios e controle de processos internos.

Passo a passo do IPO

Como você pode ver, fazer um IPO requer muito planejamento. O processo pode levar mais de 1 ano para ser finalizado. Por isso, apresentamos o percurso detalhado de tudo o que acontece até o lançamento na bolsa. Vamos lá!

Planejamento e auditoria

Aqui é onde tudo começa. Por isso, essa é uma das etapas mais demoradas e burocráticas de todo o processo.

Para abrir capital, a legislação exige que a empresa apresente 3 anos de balanços auditados. E é aí que a demora pode acontecer. Se a companhia já auditava antes, ótimo. Caso contrário, pode ser necessário esperar que o período se complete a fim de obter os documentos corretos.

Além disso, nessa etapa, as características da operação começam a ser definidas, desde os recursos e os processos que entrarão na empresa até as ações que serão negociadas no mercado.

Roadshow

Um roadshow financeiro é composto por uma uma série de encontros entre os executivos de uma empresa e seus potenciais investidores e acionistas. As apresentações devem ser detalhadas e chamativas, para despertar o interesse de compra dos participantes.

Durante essa reunião, os executivos têm o objetivo de esclarecer todas as dúvidas dos investidores e apontar resultados alcançados, de modo a deixá-los confiantes com o potencial de rentabilidade da empresa.

Registro e listagem

No momento de registro e listagem, a empresa deve solicitar alguns registros e autorizações para conseguir realizar o seu IPO de forma legal. Por isso, nessa etapa, existem diversos procedimentos burocráticos a serem cumpridos.

O primeiro é conseguir o registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável por desenvolver, regular e fiscalizar o mercado de valores mobiliários, como ferramenta de captação de recursos para as empresas.

Além disso, as empresas também solicitam autorização para realizar a venda de suas ações ao público. Outro ponto é a listagem na bolsa, pois somente quem está nessa lista pode prosseguir com as negociações de capital aberto.

Prospecto

Sendo considerado um dos documentos mais importantes de um IPO, o prospecto reúne as principais informações, embasadas na realidade da empresa, para que o acionista compreenda os processos.

O documento precisa seguir uma estrutura preestabelecida. Nele, a companhia apresenta diversos dados, como a situação do mercado em que atua, os riscos do negócio, o quadro administrativo, entre outros.

Com o prospecto em mãos, os futuros sócios e acionistas podem tomar uma decisão de investimento mais certeira quanto ao negócio em que estão investindo seu capital.

Período de reserva e bookbuilding

Diferentemente de grandes investidores, os investidores não institucionais – por exemplo, pessoas físicas – precisam de um período de reserva para enviar pedidos sinalizando quantas ações gostariam de adquirir da empresa.

Antes, porém, é necessário saber o preço da ação para definir quanto vão investir. E é aí que entra o processo de bookbuilding, utilizado por uma instituição de investimentos para avaliar a empresa por papéis e prever o preço da ação.

Dia D: a estreia na bolsa

Finalmente o grande dia, mais conhecido como Dia D. Aqui, é marcada a data oficial em que as ações da empresa efetivamente começarão a ser negociadas no pregão.

Tipos de ofertas

Ofertas primárias

As vendas de novas ações da companhia para o mercado são chamadas de ofertas primárias. O capital obtido com elas é normalmente usado para expandir o negócio, por meio de investimentos.

Ofertas secundárias

As ofertas secundárias representam a venda de ações já existentes. Elas acontecem quando os sócios desejam reduzir ou desfazer sua participação no negócio. 

Ou seja, diferentemente das ofertas primárias, o dinheiro dessa operação vai para a conta dos sócios responsáveis pelos papéis vendidos.

Vale a pena investir em IPOs?

Assim como em todo investimento, a aplicação de capital em um IPO deve ser, antes de tudo, bem analisada. Em primeiro lugar, você deve alinhar os seus objetivos aos resultados que essa sociedade pode trazer para o seu bolso. 

Seja para se desfazer das ações ou se tornar um sócio

de longa data, você precisa estar completamente informado sobre a situação da companhia em que vai investir, para conseguir emitir opiniões embasadas.E aí, ficou interessado pelos IPOs e quer saber mais sobre outros tipos de investimentos? Acesse o blog da Mérito Investimentos e encontre dezenas de conteúdos para você se tornar um expert de mercado.

22 de setembro de 2021

IPO: como funciona o lançamento de uma empresa na bolsa

IPO vem do termo “initial public offering” – ou oferta pública inicial, em português. A sigla representa a estreia de uma empresa na bolsa de valores, ou seja, o momento em que ela se torna uma companhia de capital aberto.

Em outras palavras, o IPO é o processo em que os papéis de uma empresa são negociados no pregão, de forma pública, dando a possibilidade de qualquer pessoa investir e tornar-se acionista da companhia.

A seguir, vamos explicar a importância desse evento para empresas de qualquer porte e segmento. Vamos lá!

Por que empresas fazem IPOs?

Uma coisa é certa: se uma empresa faz o IPO, ela está em busca de capital para investir em seu negócio e, assim, alcançar seus objetivos de forma mais rápida que os concorrentes.

Mas, em meio a tantas negociações, as empresas passam por diversas mudanças, principalmente em sua gestão, pois precisam conviver com novos acionistas. Então, por que será que fazer o IPO vale tão a pena?

Confira as 3 principais razões.

1. Acesso a capital

Além do capital gerado pelo próprio negócio, as empresas levantam recursos por meio de suas ações. Isto é, negociam seus papéis no pregão e recebem investimento dos acionistas.

Os valores negociados são usados como investimento para que a empresa cresça de forma mais ágil, sem a necessidade de se preocupar com valores disponíveis para retorná-lo, como no caso dos empréstimos.

2. Liquidez

Alguns empreendedores enxergam o IPO como uma maneira de dar liquidez ao seu negócio. Em outras palavras, eles podem vender suas ações a outros investidores do mercado, no momento que acharem oportuno.

Essa é uma maneira de transformar os papéis negociados anteriormente em dinheiro. Existem também os fundos de investimento em que o investidor pode se tornar sócio de uma empresa em estágio inicial para posteriormente vender suas ações com lucro.

3. Imagem

Para receber investimentos, uma empresa deve elevar seu nível de transparência no que diz respeito a suas operações internas, objetivos e resultados alcançados.

Com esse tipo de detalhamento, os acionistas e futuros sócios conseguem decidir de forma coesa se faz sentido manter seus recursos aplicados naquela companhia.

Dessa forma, a empresa aumenta sua credibilidade no mercado, pois, tendo seu capital aberto, ela comprova que sua gestão é eficiente e que seus diretores são qualificados para rodar o negócio.

Além disso, ela ganha uma tremenda visibilidade e o reconhecimento no mercado, pois, durante as negociações, a mídia faz um acompanhamento detalhado de todos os processos com os novos acionistas.

Requisitos para fazer um IPO

Antes de iniciar o IPO, uma companhia deve estar juridicamente constituída como uma sociedade anônima, em que o capital social está dividido em ações.

Além disso, algumas outras exigências ainda devem ser cumpridas. Grande parte delas envolve a emissão de relatórios financeiros, aspectos fiscais, estrutura de sócios e controle de processos internos.

Passo a passo do IPO

Como você pode ver, fazer um IPO requer muito planejamento. O processo pode levar mais de 1 ano para ser finalizado. Por isso, apresentamos o percurso detalhado de tudo o que acontece até o lançamento na bolsa. Vamos lá!

Planejamento e auditoria

Aqui é onde tudo começa. Por isso, essa é uma das etapas mais demoradas e burocráticas de todo o processo.

Para abrir capital, a legislação exige que a empresa apresente 3 anos de balanços auditados. E é aí que a demora pode acontecer. Se a companhia já auditava antes, ótimo. Caso contrário, pode ser necessário esperar que o período se complete a fim de obter os documentos corretos.

Além disso, nessa etapa, as características da operação começam a ser definidas, desde os recursos e os processos que entrarão na empresa até as ações que serão negociadas no mercado.

Roadshow

Um roadshow financeiro é composto por uma uma série de encontros entre os executivos de uma empresa e seus potenciais investidores e acionistas. As apresentações devem ser detalhadas e chamativas, para despertar o interesse de compra dos participantes.

Durante essa reunião, os executivos têm o objetivo de esclarecer todas as dúvidas dos investidores e apontar resultados alcançados, de modo a deixá-los confiantes com o potencial de rentabilidade da empresa.

Registro e listagem

No momento de registro e listagem, a empresa deve solicitar alguns registros e autorizações para conseguir realizar o seu IPO de forma legal. Por isso, nessa etapa, existem diversos procedimentos burocráticos a serem cumpridos.

O primeiro é conseguir o registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável por desenvolver, regular e fiscalizar o mercado de valores mobiliários, como ferramenta de captação de recursos para as empresas.

Além disso, as empresas também solicitam autorização para realizar a venda de suas ações ao público. Outro ponto é a listagem na bolsa, pois somente quem está nessa lista pode prosseguir com as negociações de capital aberto.

Prospecto

Sendo considerado um dos documentos mais importantes de um IPO, o prospecto reúne as principais informações, embasadas na realidade da empresa, para que o acionista compreenda os processos.

O documento precisa seguir uma estrutura preestabelecida. Nele, a companhia apresenta diversos dados, como a situação do mercado em que atua, os riscos do negócio, o quadro administrativo, entre outros.

Com o prospecto em mãos, os futuros sócios e acionistas podem tomar uma decisão de investimento mais certeira quanto ao negócio em que estão investindo seu capital.

Período de reserva e bookbuilding

Diferentemente de grandes investidores, os investidores não institucionais – por exemplo, pessoas físicas – precisam de um período de reserva para enviar pedidos sinalizando quantas ações gostariam de adquirir da empresa.

Antes, porém, é necessário saber o preço da ação para definir quanto vão investir. E é aí que entra o processo de bookbuilding, utilizado por uma instituição de investimentos para avaliar a empresa por papéis e prever o preço da ação.

Dia D: a estreia na bolsa

Finalmente o grande dia, mais conhecido como Dia D. Aqui, é marcada a data oficial em que as ações da empresa efetivamente começarão a ser negociadas no pregão.

Tipos de ofertas

Ofertas primárias

As vendas de novas ações da companhia para o mercado são chamadas de ofertas primárias. O capital obtido com elas é normalmente usado para expandir o negócio, por meio de investimentos.

Ofertas secundárias

As ofertas secundárias representam a venda de ações já existentes. Elas acontecem quando os sócios desejam reduzir ou desfazer sua participação no negócio. 

Ou seja, diferentemente das ofertas primárias, o dinheiro dessa operação vai para a conta dos sócios responsáveis pelos papéis vendidos.

Vale a pena investir em IPOs?

Assim como em todo investimento, a aplicação de capital em um IPO deve ser, antes de tudo, bem analisada. Em primeiro lugar, você deve alinhar os seus objetivos aos resultados que essa sociedade pode trazer para o seu bolso. 

Seja para se desfazer das ações ou se tornar um sócio

de longa data, você precisa estar completamente informado sobre a situação da companhia em que vai investir, para conseguir emitir opiniões embasadas.E aí, ficou interessado pelos IPOs e quer saber mais sobre outros tipos de investimentos? Acesse o blog da Mérito Investimentos e encontre dezenas de conteúdos para você se tornar um expert de mercado.

Voltar